Elsamar aluna da pós Fernanda Cunha

Aluna egressa da especialização em Arte-Educação Intermediática Digital da EMAC vence prêmio nacional.

Em 18/10/19 19:25.

Elsamar Emerique vence premiação do Instituto Arte na Escola na categoria Ensino fundamental 2

 

Por Fabrícia Vilarinho

 

Elsamar Silva dos Santos Emerique, egressa da pós-graduação em Arte-Educação Intermediática Digital pela Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC) da Universidade Federal do Goiás, é a vencedora do XX Prêmio Arte na Escola Cidadã na categoria Ensino fundamental 2 (alunos do 6º ao 9º ano). Com graduação em artes visuais e pedagogia, Elsamar é professora na rede pública de ensino em Jacundá, cidade com aproximadamente 55 mil habitantes localizada no estado do Pará.

A premiação é destinada à professores e professoras das áreas de artes visuais, dança, música e teatro de todo Brasil, que desenvolvem e praticam projetos transformadores. O reconhecimento é concedido pelo Instituto Arte na Escola, uma associação civil sem fins lucrativos que incentiva o ensino da arte no país. O projeto vencedor de Elsamar é o Cores do Açaí, que buscou incentivar a leitura e produção artística por meio de produções de pinturas em telas usando o açaí e seus derivados como elementos principais.

As atividades do Cores do Açaí incluíram a produção artesanal de telas confeccionadas pelos alunos, que utilizaram saco de pano, cola e tinta pva. Sob a orientação de Elsamar, os estudantes desenvolveram esboços colocando em foco a cultura amazônica, pintando suas ideias na telas produzidas, misturando o açaí com cola branca ou outros pigmentos e materiais naturais como o limão.

O objetivo nesse processo de pintura foi trazer o açaí para dentro da arte, tirar da função alimentícia e trazê-lo para experimentos artísticos, a fim de adquirirmos nuances diferentes e aguçar os sentidos dos alunos e despertar o interesse para o processo de produção artística”, esclarece a professora.

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Ao final desse processo que durou cerca de cinco meses, os trabalhos foram expostos na praça municipal de Jacundá, estendendo os resultados à comunidade. As obras também foram avaliadas por uma equipe de jurados que as classificaram do primeiro ao terceiro lugar. Abaixo, a professora fala mais sobre a realização de seu trabalho na rede municipal paraense e o aprendizado na especialização da EMAC.

 

Seu projeto ganhou outras premiações. Quais?

O Cores do Açaí participou da 1ª Mostra Científica do Sul e Sudeste do Pará em 2108 e ganhou medalha de ouro pela categoria Linguagens e Artes. Em dezembro de 2018 também participou da Mostra Científica Internacional do Norte e Nordeste promovida pela Escola Açaí. Lá o projeto ganhou medalha de bronze e credenciamento para participar da Mostratec Junior entre os dias 21 a 25 de outubro de 2019 em Novo Hamburgo/RS. Inclusive, estamos buscando recursos financeiros para custear as despesas da viagem de 4 pessoas que irão apresentar o projeto. Criamos uma vaquinha na internet para esse fim: Vaquinha do Projeto Cores do Açaí

 

Em qual escola realizou o projeto Cores do Açaí com os alunos do ensino fundamental?

Escolhi desenvolver o projeto na EMEF Maria da Glória Rodrigues Paixão por eu ser concursada na rede pública do município de Jacundá e pelo grandiosíssimo apoio da equipe escolar: direção, coordenação, professores, alunos e alunas empenharam-se de fato no desenvolvimento desse projeto. A minha alegria por ter vencido a premiação só não é completa porque a escola foi recentemente fechada, já que o local no qual funcionava foi desalugado. Ficamos tristes porque a escola tinha vinte e oito anos de existência, uma história de muitas conquistas, premiações em feiras e copas.

 

Sobre seus estudos na UFG, como se interessou pela pós-graduação em Arte-Educação Intermediática Digital, modalidade Ensino à distância (EaD), da Emac?

Após concluir a graduação em artes visuais, logo pensei em fazer uma especialização na minha área, artes, porém, queria em uma universidade federal. Foi então que uma amiga compartilhou o link pelo Facebook do processo seletivo desse curso. Não tive dúvidas: esta era a minha chance. Participei do processo seletivo e fui aprovada. Fiquei muito feliz por saber que iria fazer a especialização dos meus sonhos e ainda na Escola da Música e Artes Cênicas (EMAC) da Universidade Federal de Goiás, uma instituição de ensino de imenso valor. A EMAC me chamou a atenção por ser também uma escola de música. Sou saxofonista, ensino música para crianças e adolescentes, então sinto-me a vontade ao ouvir no espaço da faculdade sons de instrumentos.

 

O que achou do curso?

É uma imensa alegria falar da especialização em Arte-Educação Intermediática Digital. Fui aluna do período de maio de 2017 a abril de 2019. Concluí o curso e estou muito feliz com o meu certificado. Tive a honra de ter como orientadora a professora Drª Fernanda Pereira da Cunha. Esse curso correspondeu todas as minhas expectativas, pois o que realmente queria era um curso de arte que pusesse em foco a e-arte/educativa. A cultura digital sempre me fascinou, sempre aguardei o momento oportuno para realizar o meu sonho. Todos os professores contribuíram muito com o meu aprendizado e fizeram uma ponte entre mim e o meu aluno. Gosto de trabalhar com recursos eletrônicos em minhas aulas.

 

Como esse aprendizado adquirido contribui em sua prática docente?

Esse curso facilitou a minha prática pedagógica enquanto arte educadora amante da tecnologia na educação. Sempre que desenvolvo trabalhos artísticos com meus alunos no espaço eletrônico, tomo como base o Sistema Triangular Digital da professora Fernanda Pereira da Cunha. No decorrer da construção do meu TCC, adquiri uma orientação muito relevante da minha orientadora relacionada a Integração dos meus projetos. Tomei essa sugestão como prática na minha docência e por isso só tenha a agradecer à EMAC/UFG, à coordenadora do Curso da Especialização Arte-Educação Intermediática Digital e todos os professores e professoras que contribuíram com essa tão importante formação na minha vida.

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Fonte: Ascom Emac

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